terça-feira, 15 de maio de 2012

Depois de apoiar o casamento de pessoas de mesmo sexo, o presidente dos EUA, Barack H. Obama, tem significativa queda nas intenções de votos, que lhe compromete a reeleição. Digno de nota é que o presidente norte-americano cometeu erro crasso de hermenêutica, interpretando textos bíblicos fora de seu contexto, uma prática própria dos adeptos de seitas, ao procurar sustentar que tal união teria respaldo na doutrina cristã.

Evangélicos dos EUA opõem-se a Obama; leia comunicado da Assembleia de Deus nos Estados Unidos sobre declarações do "Primeiro presidente gay dos EUA"


“Barack Hussein Obama, o primeiro presidente gay dos Estados Unidos”. Esta é a matéria de capa da revista Neewsweek desta semana, assinada por Andrew Sullivan, um jornalista e blogueiro ativista do movimento homossexual norte-americano. Apesar do apoio maciço que Obama, o presidente mais social liberal da história dos EUA, está recebendo de artistas, intelectuais progressistas e da maioria esmagadora da mídia impressa e televisiva, que é majoritariamente liberal em termos de valores, o “incêndio” provocado pelas suas declarações ainda não foi apagado. Muito ao contrário.
No sábado, saiu uma pesquisa do Instituto Rasmussen, realizada de 10 a 12 de maio, apresentando Romney com 48% das intenções de voto contra 44% de Obama. E ontem, saiu uma pesquisa da CBS News em parceira com o jornal New York Times mostrando Romney com 46% contra 43% de Obama. Mais do que previsto: na semana passada, uma pesquisa do Gallup já revelava que 26% dos eleitores americanos deixariam de votar em Obama por causa dessa declaração. Lembrando que, antes dessa declaração, Obama chegou a ficar 7 e 8 pontos à frente de Romney respectivamente em duas pesquisas divulgadas em 7 de maio pela Associated Press/GfK e pela Reuters/Ipsos.

Segundo matéria do jornal 
The New York Times de ontem (14 de maio), no mesmo dia 9 de maio, apenas duas horas após a sua declaração, Obama, já pressentindo os efeitos, fez duas reuniões de emergência com dezenas de pastores dos EUA via teleconferência: a primeira, com pastores da comunidade negra e depois, com os de outras etnias, numa tentativa de contornar o problema. Mas, não foi suficiente. Até o seu “conselheiro espiritual”, como Obama e a imprensa chama o pastor Joel Hunter, se opôs a Obama. Em entrevista ao Christian Post em 11 de maio, Hunter afirmou que estava “desapontado com o modo de pensar do presidente” e que o fato de ser conselheiro de Obama não significa que ele o apóia “politicamente”. Mas, antes de Hunter, seguiram-se declarações de dezenas de líderes evangélicos de todos os Estados Unidos se opondo ao posicionamento de Obama, dentre eles Franklin Graham. E em 10 de maio, foi a vez das Assembleias de Deus dos Estados Unidos emitirem um comunicado de total reprovação à declaração de Obama.
No comunicado, assinado pelo pastor George Wood, líder das ADs nos EUA e do Comitê Mundial das Assembleias de Deus, as ADs norte-americanas manifestam “sua discordância e oposição” às declarações de Obama.
 Afirma pastor Wood:
As Assembléias de Deus estão em completo desacordo com a nova posição do presidente e se opõem à atitude do presidente de tomar a Escritura fora de contexto para defender a sua posição. A Bíblia ensina claramente que o casamento deve ser um compromisso longo de toda uma vida entre um homem e uma mulher. Não há nenhuma afirmação de apoio ao comportamento homossexual em qualquer lugar nas Escrituras. No entanto, a Bíblia está repleta de evidências de que o comportamento homossexual é imoral e vem sob o julgamento de Deus.
O presidente se referiu à Bíblia, afirmando que Cristo sacrificando-se pela humanidade e a Lei de Ouro ["Amar ao próximo como a ti mesmo"]são razões para endossar o casamento homossexual. Embora tenha se tornado popular citar as Escrituras grosseiramente fora de contexto para servir a uma agenda pessoal ou política, isso ainda não muda o que a Palavra de Deus diz claramente. À luz do que as Escrituras dizem, os cristãos não devem ser surpreendidos por indivíduos e grupos de distorção das Escrituras: "
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (2Tm 4.3).

Fonte: http://silasdaniel.blogspot.com.br/, acesso em 15/5/2012, às 21:50 hs.